Hellblade: Senua’s Sacrifice [Análise do Arena]
Hellblade: Senua’s Sacrifice já começa em uma nota muito alta e o pano de fundo nórdico deixa tudo mais épico!
Melina Juergens dá vida a Senua, personagem principal do jogo, através da captura de movimentos que já é marca registrada da Ninja Theory, deixando a experiência ainda mais incrível.
Desde o início do jogo, a perturbação de Senua já dita qual será o tom dessa busca, que mistura sentimentos e cria um laço entre o jogador e a personagem.
Senua sofre de psicose, que pode causar alucinações e mudar a forma como a realidade é interpretada.
História
Senua vem de um clã tribal, que é conhecido pela arte da pintura de guerra. Sua mãe é uma profetisa que ouve vozes dos submundo. O pai de Senua era um druida que acreditava que sua mãe era amaldiçoada por ouvir essas vozes e que essa maldição desafiava os deuses. Por ele acreditar que Senua também poderia sofrer dessa mesma maldição, ele a isola e somente permite que ela colha ervas no campo. Em uma dessas vezes no campo ela vê Dillion, um membro de um clã de guerreiros, treinando com a espada e, a partir daí, a sua vida muda, pois a paixão e a busca por liberdade a levam a caminhos obscuros e que deixam a sua condição mental severamente comprometida.
Gameplay
Os colecionáveis do jogo (lorestones), são extremamente relevantes e cada uma conta uma parte das histórias e lendas do universo nórdico. Recomendo explorar para que as encontre e assim ficar ainda mais imerso nessa narrativa fantástica.
As sequências de luta são simples, porém desafiadoras, e fazem todo o sentido partindo do princípio que Senua aprendeu a lutar observando Dillion. Os inimigos surgem em pontos específicos e criados por Senua. Batalhar ouvindo as vozes sem cessar, indicam a posição dos inimigos e muitas vezes te colocam em real tensão por desencorajarem a personagem e fazerem você acreditar que não conseguirá ser bem sucedido na batalha, é simplesmente incrível.
Os gráficos estão lindos, ainda mais com os modos disponíveis no Xbox One X. Eu, particularmente, joguei no modo que favorecia as texturas e sombras do jogo deixando o visual ainda mais crível.
Os puzzles mentais de Senua fazem todo o sentido, pois são lugares e formas já vistos no cenário e são bem intuitivos, uma vez que o jogador entende o conceito. Não existem tutoriais e nem HUD no jogo, deixando tudo mais orgânico e intuitivo.
A experiência com Hellblade
Para que a sua experiência seja completa, jogue usando um headset. Pode ser stereo mesmo, pois o som binaural funciona muito bem com esse formato. Caso você possua headset que emule 7.1 ou 5.1, desligue a emulação para não atrapalhar a forma que o som chega até você. As vozes constantemente presentes e muitas vezes sussurradas ao pé do ouvido deixa tudo mais real e provavelmente você vai olhar para trás ou para o lado seguindo essas vozes.
Nesse meu tempo com Hellblade, experimentei um mix de sentimentos – desde culpa até raiva. Isso me deixou completamente imerso nesse universo onde a loucura faz fronteira com a realidade.
Considerações do Max
Se fosse possível classificar o jogo, acho que terror psicológico seria a melhor classificação. Hellblade: Senua’s Sacrifice é extremamente recomendado e mostra que um jogo indie pode ter a qualidade de um AAA.
Uma experiência memorável que reflete uma perturbação mental com muita precisão e cuidado. Jogabilidade simples mas relevante. Gráficos lindos e cheios de detalhes. Som que te transporta ao universo do jogo e te prende até o final.
O jogo ultrapassou a marca de 1 Milhão de cópias vendidas e a recente notícia de que a Microsoft adquiriu a Ninja Theory, nos deixa ainda mais ansiosos para ver o que esse time pode fazer com mais recursos e liberdade. Podemos ter certeza que coisas grandes estão por vir.
Análise Arena:
Hellblade: Senua's Sacrifice é extremamente recomendado e mostra que um jogo indie pode ter a qualidade de um AAA.
- Design 8